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Crédito habitação: como proteger a carteira se os juros subirem?



Caso o meu crédito habitação seja fixo, não preciso de me preocupar com as subidas de juros. Mas se tiver um crédito variável,estarei sujeito a flutuações da taxa Euribor (taxa de juro que os bancos da zona euro usam entre si). Em seguida vamos ver algumas estratégias para a sobrevivência económica, em caso de aumento de juros:

 

1- Vou precisar de analisar cuidadosamente todos os meus encargos mensais. Terei algum encargo ao qual possa colocar termo? Poderei eliminar alguma despesa supérflua?

 

2- Devo procurar formas de economizar dinheiro. Algumas atividades terão de ser avaliadas, ou reformuladas de forma a tornarem-se menos dispendiosas. Substituir artigos de preços mais elevados, por outros mais acessíveis é uma boa medida.

 

3- Abdicar de extras vai ser uma necessidade incontornável. Quanto menos gastos eu tiver, mais dinheiro sobrará para ajudar nos encargos com a subida dos juros do crédito habitação.

 

4- Pensar em possíveis fontes alternativas de rendimento também é uma excelente ideia. Que sabe eu fazer e que pode ser convertido em dinheiro? Cozinhar? Pintar? Escrever? Que talentos tenho, que possam ser apetecíveis para alguém comprar?

 

5- Tenho de saber qual a folga orçamental com que fico, depois de pagas as despesas que não posso evitar. Quanto vou conseguir pagar a mais do que pago agora, sem pôr em causa as restantes obrigações financeiras?

 

6- Procurar negociar com a minha entidade patronal um aumento de ordenado. Um aumento de ordenado equivaleria a uma maior entrada mensal de capital, o que me permitiria mais espaço de manobra para enfrentar juros mais altos.

 

7- Conseguir um emprego onde seja melhor pago, ou um segundo trabalho, são também medidas que geram mais riqueza. Posso enviar currículos, fazer candidaturas espontâneas, participar em acções de formação para enriquecer as minhas aptidões profissionais.

 

8- Em caso de haver outras dívidas à banca para além do crédito habitação, será útil entrar em contacto com o meu banco e solicitar que me consolide o crédito. A consolidação de crédito (que é a junção de vários créditos diferentes num só), é por norma uma medida vantajosa. Os juros a pagar serão menores do que tendo vários créditos independentes.

 

9- Mudar da taxa variável para a taxa fixa, pode ser a solução. Uma vez que os créditos pagos à taxa fixa não sofrem alterações face à taxa Euribor, fazer a mudança pode proporcionar tranquilidade financeira. Devo porém ter em conta que a taxa fixa me vai obrigar a pagar uma quantia superior à que pago pela taxa variável. O impacto positivo só será notório caso os juros da variável subam de facto.

 

10- Amortizar a dívida pode ser uma boa estratégia. Quanto mais amortizar, menos ficaria a dever ao banco. E quanto menor for a minha dívida, menores serão também os juros a pagar. Mas devo acautelar as agravantes dessa amortização.

 

11- Transferir o crédito habitação para outro banco pode ser benéfico. Para isso preciso de fazer uma boa pesquisa sobre condições de crédito nos diferentes bancos. Transferir o crédito habitação(desde que essa transferência resulte análise e reflexão), pode fazer com que os encargos fiquem bem menos penosos.

 

12- Em último caso, e se todas as outras alternativas se revelarem ineficazes, resta-me a hipótese de vender a casa. Assim evito entrar numa situação de incumprimento, com todos os problemas legais daí decorrentes.

 

Nestes tempos tão conturbados que atravessamos, a subida de juros é um problema muito sério a ter em conta. Adoptar as medidas mais sensatas pode fazer toda a diferença. Tenho que ter muita calma, e não entrar em pânico. Preciso de lucidez para decidir e raciocinar, e não de ansiedade.

 







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