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Crédito habitação a crescer: valor total concedido



Depois de termos atravessado um período menos bom em termos económicos, a verdade é que hoje em dia o ritmo de concessão de crédito por parte dos bancos tem vindo a crescer de forma notável.

Os créditos concedidos para financiamento de habitação têm sido de longe os mais procurados. E não só se têm vindo a conceder mais créditos dentro deste capítulo da habitação, como os valores concedidos em empréstimo têm vindo a alcançar a totalidade dos preços das casas. Até há pouco tempo atrás, era quase certo os bancos não autorizarem o empréstimo na totalidade do montante pedido, mas essa tendência tem-se vindo a alterar.

Além disso, são cada vez mais os bancos dispostos a conceder crédito para a habitação. As entidades bancárias parecem terem vindo a tornar-se mais acessíveis, e menos exigentes. Desde que eu cumpra os requisitos exigidos para me tornar um cliente, poderei ter acesso ao sonho de ter casa própria. Os bancos parecem estar tão entusiasmados com a concessão de créditos habitação, que por vezes facilitam demais onde não pode haver lugar para facilitismos.

Contudo, este aumento de créditos concedidos gera também boas perspectivas de vitalidade económica, e é muito positivo para o desenvolvimento de várias outras indústrias dependentes do mercado da habitação. O sector da construção civil beneficia imenso com a maior procura de habitações Quantos mais créditos à habitação os bancos concederem, mais casas serão vendidas. As indústrias de mármores, pedras, cimentos, tintas, electricidade, etc, sentem-se revitalizadas com a expansão da construção.

Mas a verdade é que se não forem tomadas todas as medidas preventivas, podem vir a surgir inúmeras situações de incumprimento por parte dos clientes. Se os créditos habitação forem concedidos de forma quase aleatória, serão os clientes os principais prejudicados em caso de agravamento insuportável dos juros. Ainda por cima sendo os créditos concedidos na sua totalidade, o que significa que o montante da dívida será enorme, e poderá mesmo ser insustentável para algumas famílias.

Os empréstimos concedidos a taxas variáveis, apesar de serem à partida mais apetecíveis por apresentarem uma taxa de juro inferior quando comparados aos empréstimos a taxa fixa, podem representar uma verdadeira armadilha.

Os tempos complicados que atravessamos com a pandemia, e agora com a guerra na Ucrânia podem originar flutuações significativas na taxa euribor. O agravamento da taxa euribor levará a aumentos assinaláveis nos encargos mensais de muitas pessoas.

Em caso de incumprimento será preciso renegociar os créditos habitação, numa tentativa de se alcançarem medidas capazes de proteger os interesses dos bancos, mas também dos clientes. Essas renegociações poderão ser demoradas e implicar custos extra para quem já de si não se encontra na melhor forma financeira.

Em última instância, pessoas com menores possibilidades económicas poderão perder as suas casas, vendo-se forçadas a venderem as habitações para se livrarem das dívidas e para não caírem em situações complicadas de incumprimento.

É por isso que todo o cuidado é pouco. Não basta querer comprar casa, e não basta haver uma entidade bancária interessada em financiar essa compra. Cabe-nos a nós consumidores, fazer uma aprofundada pesquisa sobre as nossas reais possibilidades financeiras.

O sonho de ter casa própria não pode sobrepôr-se à necessidade de honrar compromissos e ao direito de se levar uma vida minimamente confortável e equilibrada. Há que não perder a noção da realidade só porque o banco nos vai conceder crédito habitação, e ainda por cima no valor total do imóvel.







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